Dezenove anos sem reajuste da Tabela do SUS fez com que hospitais filantrópicos de todo o País passassem a ficar completamente dependentes de verbas parlamentares para não fecharem as portas e deixassem de atender a quem mais precisa: os pacientes do SUS.
A desvalorização da nossa moeda nesses 19 anos foi de um índice percentual correspondente a 364,67%. Ou seja, o que antes se comparava com R$ 1 em 2002 hoje é preciso despender quase R$ 5! “IGP-M (FGV)”.
Imagine quando toda essa inflação é transportada para a realidade dos hospitais, no repasse para valores de consulta, de cirurgias, de procedimentos de média e alta complexidade e em todas as imensas verbas de custeio, como a compra de medicamentos, por exemplo?
A conta simplesmente não fecha! É por isso que todas as instituições de saúde filantrópicas estão tão necessitadas das verbas parlamentares!
Foi por isso que ontem, o superintendente da AEBMG, Perseu Verçosa Perruci; o controller Rogério Franco; e a gestora comercial, Joyce Mara Reis Gomes Venancio, foram a Brasília fazer corpo a corpo com parlamentares e, em seguida, participar, juntamente com mais 15 hospitais filantrópicos de Minas Gerais, da reunião da Bancada Mineira na Câmara dos Deputados que discutiu o repasse de emendas parlamentares a essas instituições. Uma questão crucial, que representa a sobrevivência dessas instituições e a vida de milhões de mineiros que não têm recursos para pagar por atendimento particular.
Todos tiveram a chance de expor suas reais necessidades, às quais os deputados da bancada ouviram atentamente presencial ou virtualmente. No próximo dia 20, outras instituições serão também recebidas pelos deputados.
A reunião foi uma iniciativa do deputado Diego Andrade, que pontuou: “Se jogarmos todos juntos teremos sucesso. A bancada mineira está trabalhando junta, de forma igualitária, para conseguir um êxito maior no volume de emendas e, assim beneficiar ao máximo as instituições filantrópicas que tanto precisam”.
Aos deputados e assessores visitados, Rogério Franco destacou: “19 anos sem reajuste da tabela do SUS faz com que os hospitais filantrópicos fiquem dependentes das verbas parlamentares para continuar salvando vidas”.
Já durante a apresentação que fez do Hospital Evangélico no plenário do Congresso, Perseu Perruci reiterou o que o Controller da AEBMG pontuou aos deputados e arrematou que, em consequência dessa defasagem inaceitável, as verbas parlamentares passaram a fazer parte do orçamento da instituição. “Contamos com ela para nossa subsistência e para dar continuidade ao trabalho que hoje beneficia moradores de mais de 30 municípios mineiros”, diz. Segundo ele, nos últimos anos, só as verbas de custeio representam 20% do orçamento da AEBMG e é por meio delas que se torna possível a aquisição de equipamentos e medicamentos para atendermos, por exemplo, a mais de 2600 pacientes em hemodiálise, que significa hoje o maior serviço de nefrologia prestado no País.
“Somos mais de 1500 colaboradores e lhes dizer, deputados: verbas parlamentares salvam vidas. Nos ajudem a salvar vidas. Principalmente, aquelas que mais precisam de nós”, concluiu Perseu.
Por: Ana Paula Drumond Guerra – 7/10/2021
